terça-feira, 9 de agosto de 2011

Encontro


Em quanto voltávamos para o pátio do campo de concentração, ouvimos alguns tiros, era uma marcha dos presos em adoração a Hitler, eles estavam odiando fazer aquilo, era por pura obrigação, voltei para a minha cabana junto com o garoto, ele não parecia cansado, então resolvi perguntar  a ele, o por que de não estar cansado e ele respondeu:
- Eu não venho de muito longe, minha cidade fica a alguns quilômetros daqui e algumas pessoas me trouxeram no colo, porém já faz algum tempo que não tenho família, eles vieram parar num campo de concentração como esse e desde então não os vi mais.
A historia do garoto me comoveu e resolvi ajuda-lo, ele precisava de alguém para ajudar a superar tudo que ele passou, e então eu disse a ele:
- Se eles foram parar num campo de concentração, eles podem estar por aqui, este campo é grande, então pode ser que os encontremos logo.
Peguei o garoto pelo braço e fomos encontrar os pais deles, perguntei se ele podia reconhecê-los ainda e ele respondeu balançando a cabeça que sim. Fomos a todos os lugares do campo, e perto de uns guardas, achamos uma mulher com uma cara triste e totalmente desidratada, o menino gritou bem alto chamando por sua mãe e as lagrimas escorrendo pelo seu rosto, ele correu até ela abraçando-a fortemente, até que uma luz pairo sobre os dois e um guarda apareceu fitando eles, e disse:
- EI, VOCÊS AI, VOLTEM PRA CABANA DE VOCÊS, ESTÁ NA HORA DO TOQUE DE RECOLHER.
Peguei-os e os levei pra cabana minha cabana, lá o menino perguntou a sua mãe ainda chorando de emoção por reencontrar sua mãe:
- Onde está o papai? Há quanto tempo a senhora está aqui.
- Tem cinco meses que estou aqui, seu pai, bem... Na caminhada pra cá, aconteceu que seu pai tentou discutir com guarda pra me ajudar, eu estava passando mal, não conseguindo mais andar e aos poucos fui perdendo os movimentos do corpo, até que cai, seu pai parou pra me ajudar e então os guardas obrigaram-nos a continuar assim mesmo, seu pai não satisfeito discutiu com o guarda e então o guarda bateu com a arma no rosto dele. Seu pai ficou lá caído, se contorcendo de dor, uma homem me carregou pelo braço e me ajudou a continuar a caminhada, quando estávamos a 100 metros de onde seu pai estava caído, dois guardas pegaram seu pai e passaram pela gente levando seu pai, em quanto passavam pela gente, um deles disse “Esse aqui vai ser a cobaia, se com esse num der certo, podemos desistir do projeto.” Depois de algumas semanas andando, chegamos aqui e desde então eu tenho achar um meio de escapar e sai desse lugar.
Mas eu ainda tinha uma duvida a esclarecer que não saia da minha cabeça e perguntei:
- Mas como vocês vieram parar aqui? E por que seu filho não veio na mesma época?
- Estávamos em casa, se preparando pra jantar em quanto no radio passava noticias sobre a guerra, era cada noticia horrível, até que ouvimos uma sirene e homens gritando sobre os judeus, pensávamos que Hitler jamais chegaria a nossa cidade, vivíamos tranquilamente, mas eles conseguiram mudar a mente daquelas pessoas tão rápido que em alguns minutos guardas já estavam batendo em nossa casa, para proteger nosso filho, o mandamos fugir e se esconder em uma lata de lixo no beco atrás da casa, por pouco eles não pegaram ele também.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um passeio pela Historia.

Era 1942 e já havia Três anos de guerra, quando tudo começou eu vivia em uma cidade da Alemanha, Hitler havia criado os campos de concentração e mandou desde os judeus a negros, deficientes, homossexuais e ciganos para lá, eu era judeu e vivia escondido no meio da sociedade, fingindo que acreditava nos discursos de Hitler e toda aquela baboseira de fascismo e nazismo, eu preferia adotar a Idea do socialismo a o nazismo, aquilo tudo que Hitler fazia era muito cruel, em 1941 eu soube pelo radio que Hitler havia bombardeado a Itália durante uma semana, obrigando as pessoas a se esconderem no esgoto para sobreviver, alguns meses depois quando Hitler conquistou a França e fez aquele desfile as pessoas ficaram maravilhadas com o desfile e eu não entendia como as pessoas podiam gostar daquilo, eles mataram milhares de pessoas por nada. A vingança de Hitler só havia começado, em exatamente 15 de Novembro de 1942, uns guardas apareceram em minha casa e pediram pra revistar o local, eu era judeu, mas não seguia a minha religião, cresci sozinho e não tinha ninguém que me ensinasse muita coisa, eu guardava apenas uma estrela de Davi em um fundo falso da gaveta da cozinha, era algo que eu guardava desde pequeno e era um presente da minha avó, não tinha como eles acharem ali, mas eles revistaram tudo, e destruirão as gavetas, eles não queriam saber se ia ficar bom ou quebrado, pois pra eles não importa, não é deles mesmo. Levaram-me preso e descobriram que eu era um judeu, fiquei preso na cadeia da cidade e no dia seguinte com mais um grupo de pessoas, alguns judeus, negros e homossexuais, fui obrigado a andar uma longa distancia até o campo de concentração, quase 1 mês andando e sem poder parar pra nada, cheguei ao campo totalmente desgastado e desidratado, ali tive de viver na base do nada, eu perdi todos os meus direitos como humano e agora eu era apenas mais um animal de Hitler, algumas pessoas me socorreram e tínhamos de usar roupas estranhas e com números, rasparam a cabeça de todos, eu estava totalmente isolado e sem como escapar. Em uma noite, chegou mais um grupo de pessoas e no meio deles havia uma criança, eu não consegui me segurar mais e fui até lá, peguei a criança e a pus em minha frente e disse.
- O que vocês acham que estão fazendo? Ele é uma criança, vocês não podem botar uma criança em um lugar como esse!
Rapidamente o guarda veio com uma arma apontada para ele e disse.
- E quem você acha que é para saber onde este garoto tem que ficar? Você é um merda, e se está contra Hitler você vai morrer e ainda faço você levar este garoto com você.
Rapidamente soltei o garoto e recuei um passo atrás, o guarda me pegou pelo braço e me levou, e em quanto me levava ele disse.
- Vocês, sempre querendo defender as crianças, são apenas crianças, não é pelo fato delas serem crianças que elas vão receber tratamento diferente.
Ele me pegou e me jogou em um buraco, eu não sabia bem o que ele queria me pondo ali, até que ele apontou a metralhadora pra mim e quando ai atirar alguém o interrompeu.
- Pare, ele apenas quis me ajudar. – disse uma voz bem fina e calma vinda de trás do guarda.
- O que você está fazendo aqui garoto. – falou o guarda dando um soco no rosto do garoto.
- Pare com isso Michael. – disse outra voz vinda da esquerda.
Eu estava ali paralisado de medo, afinal de contas eu estava pra morrer e este garoto me salvou.
- Venha, volte para o campo, antes que eu desista de não derramar sangue neste local. – falou o guarda que salvou o menino.
Sai do buraco, peguei o garoto no colo e voltei pro campo de concentração, por, mas que ele tenha andando uma distancia monstruosa, ele não aparentava estar cansado e era bem corajoso para enfrentar soldados nazistas e me salvar.